segunda-feira, fevereiro 29, 2016

Tudo se mexe


Tudo se mexe
Ao redor da sala
E no centro
Eu me sento

Tudo ao redor da sala
Sou eu sentado
E esse movimento
Que diviso por dentro

A criança cruza
O cachorro salta
É a televisão
Verborrágica

O silêncio canta
E descreve o mundo
A lápis no verso
De um formulário velho

Catalogado, o ser
É as frases no inventário
Do que vê a sitiá-lo
A mesa esquiva e eu

Um tapete movediço e
Esta porta uma boca afoita
Que me chama de verdade
Imaginária e inventada até

3 comentários:

J.F. de Souza disse...

perseguir
(e, às vezes,
fugir de)
tudo que se move

lá fora,
mas principalmente
aqui
dentro

acho que foi assim
que eu descobri
pra que me serve
a poesia

Nanna disse...

Home...
;)

moacircaetano disse...

Grande Garden.
Quase um estilo.